terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Malaco….quê?

Malacologia é o ramo da biologia que estuda o Filo Mollusca, ou seja, estuda Moluscos. Desde estudos de Filogenética, Ecologia e comportamento, passando por aplicações na farmacêutica, engenharia e medicina muito há para estudar nesta ciência fascinante.
Mas afinal, o que é isso de Filo Mollusca?
Filo Mollusca, a divisão biológica que engloba todos os Moluscos, é o segundo filo com maior número de espécies (apenas superado pelos artrópodes) e o filo com maior diversidade estrutural. Nos moluscos cabe um pouco de tudo: desde os búzios e caracóis, protegidos por uma forte concha até aos polvos e lulas, com uma concha vestigial. São animais muito interessantes, fontes de inúmeros estudos, mas venho-vos falar de dois grupos de animais menos conhecidos.
Primeiro, as lesmas do mar. Animaizinhos fascinantes, que, ao perderem evolutivamente a protecção mecânica, se dedicaram á arte da camuflagem e das armas químicas. São usadas em variadíssimos estudos desde comportamentais e ecológicos até farmacêuticos e médicos. Não é preciso falar muito mais delas, porque as imagens falam por si.


Segundo, o Nautilus. Os nautilóides são cefalópodes marinhos arcaicos que foram muito abundantes no Paleozóico, existindo ainda um género vivo — o nautilus — que vive no sudoeste do Oceano Pacífico.Têm uma cabeça dotada de olhos bem desenvolvidos com braços preênsis (móveis). São nectónicos (nadadores activos), tendo uma concha formada por uma série de câmaras separadas por tabiques; estas comunicam entre si por orifícios sifonais, os sifúnculos. O animal ocupa a última câmara e as outras, cheias de gás, fazem de flutuadores. É este o principio básico de funcionamento de um submarino, pelo que existem vários estudos de engenharia que usam estes seres como modelo de aperfeiçamento dos submarinos.

Lismas do Mar:















































Muito mais haveria a dizer mas investigar e descobrir são metade do divertimento da aprendizagem……toca a procurar!


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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O Menino do Lapelo

Tínhamos prometido falar mais acerca da última palestra que assistimos na Gulbenkian (Clique aqui...) Pois bem, aqui está o primeiro post acerca desta conferência.

A título pessoal foram duas horas de profunda descoberta e fascínio, já para a baguera foram horas de "revisão de matéria", porque ela já sabia "paletes" sobre o que foi falado.
Um dos temas, deixou-me particularmente orgulhoso, num verdadeiro espírito patriótico... Eu a pensar que vivia num pequeno país, onde a ciência e a história da Humanidade passavam ao lado, fiquei de coração cheio quando soube que estava redondamente enganado! Aqui, mais concretamente, no Lagar Velho em Leiria, foi encontrado o esqueleto de uma criança com cerca de 25 mil anos, ao qual foi chamado d'O Menino do Lapelo. Mas o importante deste assunto é que este menino é uma prova concreta de uma teoria criada acerca da Evolução Humana, que tomou uma digna posição na História a par da descoberta da Lucy.

Antes de aprofundar o assunto, é relevante criar uma base de conhecimento(pelo pouco que sei...) para entenderem a importância deste achado.
Este menino é um híbrido ou seja, foi criado por junção de dois humanoídes: o Neandertal e o homem moderno.

Primeiro... O que é o Neandertal ?

- Uma das muitas causas da evolução humana foi a deslocação do homem no globo terrestre. As várias diferenças climáticas obrigou que o organismo humano alterasse de forma que o homem pudesse adaptar-se ao local onde vivia.
Há cerca de 200000 até 28000 anos atrás, existia dois humanoides na Terra - O homem moderno e o Neanderthal.

Mapa

Sabe-se que os Neandertais (Homo neanderthalensis) ocupavam um enorme território europeu e ta
mbém o Médio Oriente.
Eram seres pequenos e fortes que coexistiam com o homem moderno. E a descoberta do Menino do Lapelo provou uma teoria que dizia que estas duas espécies humanas podiam procriarem em conjunto.

Foto 1

O esqueleto do Menino foi descoberto em Dezembro de 1998 no Vale do Lapelo,a 145 km a norte de Lisboa. Esta criança morreu com 4 anos de idade e apresenta características ósseas de ambas as espécies.


Foto 2

Parece-me motivo para um grande orgulho de que Portugal afinal é um cenário histórica de grande importância.
Deixamos também a sugestão de visitar o espaço, que é extremamente bonito.


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